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Usuário do Twitter tem a pior saúde mental: veja o ranking

    A nova Panorama da Saúde Mental apresenta dados que exploram a relação entre redes sociais e saúde mental.

    Algumas plataformas estão mais associadas ao – e quais parecem estar drenando a saúde mental dos brasileiros.

    Segundo o estudo, usuários frequentes do Twitter/X apresentaram a pior pontuação no Índice Contínuo de Avaliação da Saúde Mental (ICASM). Ficaram com apenas 468 pontos.

    Para efeito de comparação, o Facebook lidera o ranking das redes sociais com o maior ICASM, chegando a 758 pontos.

    A pesquisa Panorama da Saúde Mental – 1º semestre 2024 foi conduzida pelo Instituto Cactus. Ela foi feita em parceria com a AtlasIntel.

    A pesquisa faz parte de um monitoramento contínuo sobre o bem-estar emocional da população brasileira.

    Realizada semestralmente, a pesquisa utiliza o Índice Contínuo de Avaliação da Saúde Mental (ICASM). Ela busca identificar tendências na saúde mental. Além disso, analisa desafios e fatores que impactam a saúde mental no país.

    Redes Sociais e Saúde mental: o impacto na saúde dos usuários medidos por uma pesquisa

    Ranking das redes sociais e saúde mental

    O levantamento analisou a relação entre o uso frequente de diferentes plataformas e os níveis de bem-estar psicológico. Os resultados foram os seguintes:

    • Twitter/XICASM 468 (pior pontuação)
    • LinkedInICASM 495
    • InstagramICASM 542
    • TikTokICASM 565
    • YouTubeICASM 610
    • FacebookICASM 758 (melhor pontuação)

    A pesquisa não aponta causas diretas, mas podemos levantar algumas hipóteses.

    • O Twitter/X, por exemplo, tem discussões acaloradas. Ele é um ambiente altamente polarizado, o que pode aumentar o estresse e a ansiedade dos usuários.
    • Já o Facebook, apesar de ter perdido popularidade entre os mais jovens, pode proporcionar interações sociais mais tranquilas e nostálgicas.
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    Mas o problema das redes sociais vai além da escolha da plataforma.

    A forma como consumimos conteúdo também faz diferença.

    Vídeos curtos dominam, mas impactam negativamente?

    A pesquisa também revelou que 46% dos usuários preferem consumir vídeos curtos, como os do TikTok, Reels e Stories. Apenas 14% optam por conteúdos em formato de texto.

    Isso pode indicar uma mudança na forma como absorvemos informações. Também pode estar ligado à redução da capacidade de foco e atenção.

    Curiosamente, o ICASM da dimensão Foco foi um dos que mais cresceram no último semestre. Ele subiu de 545 para 608 pontos.

    Será que estamos aprendendo a lidar melhor com a enxurrada de informações? Ou será que essa alta é apenas um reflexo momentâneo?

    O impacto das redes sociais na autopercepção

    Outro dado interessante levantado pelo estudo é a relação entre autoestima e bem-estar mental.

    • Quem nunca se sentiu pouco atraente nas últimas semanas teve o maior ICASM (807).
    • Quem se sentiu feio(a) 1 a 2 vezes teve um ICASM reduzido (654).
    • Quem se sentiu feio(a) 3 vezes ou mais teve o pior índice, com 414 pontos.

    Isso sugere que quanto mais negativa for a autopercepção de alguém, maior a probabilidade de ter uma pior saúde mental.

    Muitos conteúdos nas redes sociais são baseados em padrões estéticos inatingíveis.

    Esse fator pode estar amplificando a insatisfação pessoal dos usuários.

    Jovens são os mais afetados pelo impacto negativo

    Cerca de 15% dos jovens de 16 a 24 anos relatou o uso de redes sociais e saúde mental impactada.

    Se o impacto foi muito negativo, isso resultou em um ICASM de 386. O menor entre todas as faixas etárias.

    Além disso, os usuários que usaram Instagram diariamente apresentaram um dos menores ICASMs da pesquisa (542).

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    Isso indica que a comparação social pode estar influenciando a saúde mental dos mais jovens.

    O consumo excessivo de conteúdo também pode ser um fator influente.

    Sonolência e saúde mental: quem dorme melhor, vive melhor?

    A pesquisa também investigou a relação entre sono e bem-estar psicológico. Os dados mostram que:

    • Quem não sentiu sonolência durante o dia teve o maior ICASM (825).
    • Quem sentiu sonolência 1 a 2 vezes teve um ICASM intermediário (660).
    • Quem sentiu sonolência 3 vezes ou mais teve um ICASM significativamente menor (442).

    O uso excessivo de redes sociais, principalmente no período da madrugada, pode estar contribuindo para padrões de sono desregulados. Dos usuários que utilizam redes sociais nesse horário, 53% dormiram menos de 6 horas em várias ocasiões.

    Resumo dos principais achados da pesquisa

    📊 Série Histórica

    • O ICASM da população geral subiu 42 pontos em comparação ao 2º semestre de 2023.
    • Destaque para a dimensão Foco, que aumentou 63 pontos (545 → 608).
    • As dimensões Confiança e Vitalidade subiram 31 pontos cada.

    📌 Saúde Mental dos Brasileiros

    • 682ICASM da população geral (melhora em relação ao último semestre).
    • 669ICASM das mulheres, inferior ao dos homens (695).
    • 576ICASM dos jovens (16-24 anos), o menor entre todas as faixas etárias.

    💰 Impacto das Finanças

    • 81% relataram preocupação com a situação financeira.
      • ICASM 639 entre os que se preocuparam.
      • ICASM 861 entre os que não tiveram essa preocupação.

    😴 Sonolência e Saúde Mental

    • 61% sentiram forte sonolência durante o dia.
      • ICASM 590 para esse grupo.
      • 39% não relataram sonolência e tiveram ICASM 825.

    📱 Autoimagem e Bem-estar

    • 50% se sentiram feios ou pouco atraentes.
      • Esse grupo teve ICASM 556 (maioria mulheres – 65%).
      • Quem não relatou essa sensação teve ICASM 807.
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    📱 Redes Sociais e Saúde Mental

    • 58% usam redes sociais à noite → ICASM 687.
    • 4% são mais ativos de madrugada → ICASM 500.
    • Usuários da manhã apresentaram ICASM 714.
    • 46% consomem vídeos curtos (Reels, Stories, TikTok) → ICASM 602.
      • Jovens (16-24 anos) tiveram o menor índice → ICASM 594.

    📉 Redes Sociais e Impacto Negativo

    Entre jovens (16-24 anos), 15% relataram forte impacto negativo → ICASM 382.

    45% relataram que redes sociais afetaram negativamente sua saúde mental.

    10% tiveram impacto muito negativo → ICASM 475.

    Redes sociais e saúde mental: como usar?

    Os dados do Panorama da Saúde Mental mostram que o impacto das redes sociais na saúde mental é complexo.

    Esse impacto também é multifatorial. O Twitter/X, conhecido por suas discussões intensas, teve a pior pontuação de bem-estar, enquanto o Facebook apresentou o melhor índice.

    Além disso, a qualidade da saúde mental dos brasileiros é influenciada por vários fatores. Esses fatores incluem autopercepção, padrões de sono e o tipo de conteúdo consumido.

    Se redes sociais são inevitáveis na nossa rotina, talvez o caminho não seja eliminá-las, mas usar com mais consciência.

    Afinal, como você se sente depois de passar horas no Instagram ou no Twitter? Será que sua rede favorita está ajudando ou prejudicando seu bem-estar?


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