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Suicídio na adolescência: o ambiente escolar pode fazer a diferença

    O na adolescência é um fenômeno complexo, que não pode ser reduzido a fatores individuais.

    Depressão, ansiedade e outras reações que a escola causa nos estudantes são importantes. Mas o ambiente social no qual o jovem está inserido exerce uma influência fundamental.

    Escola, , mercado de , política e economia moldam diretamente as experiências e a saúde mental dos adolescentes.

    Até que ponto a escola pode ser um fator protetor ou de risco para a saúde emocional dos jovens?

    Imagem que ilustra um ambiente escolar onde há prevenção do suicídio na adolescência

    O papel da conexão escolar na saúde mental dos adolescentes

    Estudos demonstram que a conexão escolar e saúde mental estão intimamente ligadas. Quando um adolescente sente que pertence ao ambiente escolar, ele é valorizado e apoiado por professores e colegas.

    Então, ele tende a apresentar menores índices de sofrimento emocional. Há também menor risco de desenvolver pensamentos suicidas.

    Uma revisão sistemática recente, conduzida por Welty et al. (2024), analisou 34 estudos que examinaram os efeitos da conexão escolar na suicidabilidade de adolescentes.

    Os resultados foram os seguintes:

    • Ideação Suicida: Entre os estudos que avaliaram a ideação do suicídio na adolescência, 73,3% mostraram que a conexão escolar teve um efeito protetor.
    • Tentativas de Suicídio: Nos estudos que avaliaram as tentativas de suicídio, 50% encontraram um efeito protetor da conexão escolar.

    Os achados demonstram que a escola pode desempenhar um papel positivo na prevenção do suicídio na adolescência. No entanto, a também aponta limitações.

    Muitos dos estudos analisados não controlaram variáveis relevantes, como sono, impulsividade, uso de substâncias ou depressão. Isso sugere que o impacto da conexão escolar pode ser influenciado por outros fatores.

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    A importância da presença de psicólogos nas escolas

    A influência do ambiente escolar na saúde mental dos adolescentes é significativa. A presença de psicólogos nas escolas públicas tem sido debatida. Esta presença é considerada essencial para a promoção do .

    O Conselho Federal de Psicologia () trabalha de forma ativa nesse sentido. O objetivo é tornar obrigatória a presença de psicólogos no ambiente escolar. Para isso, estão em parceria com o Ministério da Educação (MEC).

    A ideia é oferecer suporte psicológico adequado aos estudantes. Também visa prevenir o agravamento de problemas emocionais. Além disso, busca proporcionar um ambiente mais acolhedor para os jovens.

    Essa medida visa fortalecer, entre outras coisas, a prevenção do suicídio na adolescência. Ela cria espaços onde os alunos possam expressar suas dificuldades. Além disso, os alunos podem receber o apoio necessário.

    Além disso, a atuação de psicólogos nas escolas contribui para a capacitação de professores. Eles ajudam na identificação precoce de sinais de sofrimento psíquico. Também auxiliam na implementação de estratégias eficazes de acolhimento.

    Fatores sociais que influenciam o sofrimento psíquico

    O sofrimento psíquico do adolescente é frequentemente reflexo do ambiente em que vive. A escola, por exemplo, pode ser um espaço de apoio, mas também de pressão excessiva, bullying e exclusão social.

    Além disso, fatores externos, como desigualdade social, insegurança econômica e dificuldades familiares, podem amplificar o sofrimento dos jovens.

    Outros fatores ambientais determinantes incluem:

    • Precariedade educacional: Escolas têm pouca estrutura. Os professores estão sobrecarregados. A falta de suporte emocional contribui para o sentimento de desamparo dos alunos.
    • Pressão acadêmica: Expectativas irrealistas de desempenho podem gerar ansiedades incapacitantes.
    • Bullying e exclusão social: A marginalização dentro do ambiente escolar está diretamente ligada a maiores índices de depressão. Está também ligada a suicídio entre adolescentes.
    • Falta de espaço para expressão emocional: Escolas que priorizam apenas conteúdo acadêmico. Elas não oferecem espaço para escuta e acolhimento. Assim, perdem a oportunidade de fortalecer a saúde mental dos jovens.
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    Como a escola pode ajudar adolescentes em sofrimento emocional?

    Embora as escolas possam ser um ambiente de pressão, elas também têm o potencial de atuar como um fator protetor. Algumas ações podem ajudar a criar um ambiente mais acolhedor e seguro para os adolescentes:

    • Fortalecimento da conexão escolar: Criar espaços de pertencimento e incentivo ao trabalho em equipe.
    • Programa de bem-estar emocional: Inserir atividades de socioemocional na grade curricular.
    • Formar professores para identificar sinais de sofrimento psíquico: Professores estão frequentemente entre os primeiros a notar mudanças no . Eles podem identificar sinais de sofrimento psíquico nos alunos.
    • Combate ao bullying: Estabelecer políticas ativas de prevenção e punição ao bullying.
    • Abertura para o diálogo: Criar espaços onde adolescentes possam expressar sem medo de julgamento.
    • Atuação de psicólogos escolares: Ter profissionais capacitados para oferecer suporte psicológico contínuo aos alunos.

    Prevenção do suicídio adolescente

    O suicídio na adolescência não é uma questão meramente individual, mas uma expressão do ambiente social. A escola tem um papel central na prevenção do suicídio adolescente.

    Ela pode atuar como um fator protetor. Também pode se tornar um agravante do sofrimento psíquico. A presença de psicólogos nas escolas públicas é uma demanda urgente.

    O CFP e o MEC defendem essa medida para fortalecer a saúde mental dos alunos. Além disso, ela promove um ambiente educacional mais acolhedor.

    Políticas educacionais mais inclusivas são acolhedoras e consideram o bem-estar emocional dos alunos. Tais políticas podem salvar vidas e construir um futuro mais saudável.

    Referência

    WELTY, C. W.; BINGHAM, L.; MORALES, M.; GERALD, L. B.; ELLINGSON, K. D.; HAYNES, P. L. School Connectedness and Suicide Among High School Youth: A Systematic Review. Journal of School Health, v. 94, n. 2, p. 13445, 2024.


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