O Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) publicou uma nota de repúdio à violência contra a juventude negra. Isso se deu diante da morte de Kelvin, de 15 anos, e Wender, de 20 anos.
Eles eram dois jovens negros assassinados em uma intervenção policial. O incidente ocorreu na noite de 15 de fevereiro de 2025, na cidade de Londrina.
A nota denuncia a violência policial e o racismo estrutural que vitimam a juventude negra no Brasil. Leia o comunicado na íntegra no site do CRP-PR:
Índice

O contexto da violência e o compromisso da Psicologia
Kelvin era integrante do Coletivo Ciranda da Paz. É um projeto voltado à promoção da saúde mental.
Também visa à construção de políticas públicas que não criminalizem a pobreza.
O coletivo atua em eixos como luta antimanicomial, redução de danos e antiproibicionismo.
Esses princípios estão alinhados com o compromisso da Psicologia com os direitos humanos e o cuidado em liberdade.
- Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2024): 82,7% das vítimas de mortes em de ações policiais no Brasil são negras.
Isso evidencia uma disparidade racial alarmante. O CRP-PR ressalta que essa realidade reflete um padrão sistemático de violência e discriminação.
Juventude negra, psicologia e direitos humanos
O Código de Ética estabelece que a Psicologia deve atuar no combate a todas as formas de discriminação.
Também deve atuar contra a opressão. Além disso, a Resolução CFP nº 018/2002 enfatiza um dever ético. Os profissionais da Psicologia devem enfrentar o racismo em suas práticas.
O Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288/2010) reconhece o dever do Estado em combater a discriminação racial. Também deve promover políticas públicas que garantam o direito à vida e à segurança da população negra.
No entanto, como mostram os dados, há um longo caminho a percorrer.
A urgência de políticas públicas transformadoras
A nota do CRP-PR enfatiza a necessidade de mudanças urgentes na segurança pública.
- Isso inclui a desmilitarização das forças policiais.
- Também sugere o fim das abordagens racializadas e a construção de políticas que respeitem os direitos humanos.
O Conselho também expressa solidariedade às famílias de Kelvin e Wender, cobrando das autoridades uma investigação célere e justa. A Psicologia reafirma seu compromisso com a equidade racial e a superação das desigualdades.
Este caso reforça a importância da mobilização social. Ele também destaca a atuação ética dos profissionais da Psicologia. Essas ações são essenciais para construir uma sociedade mais justa. O objetivo é que a sociedade seja livre de violências estruturais.
Descubra mais sobre Psicólogo Online e Presencial em Curitiba
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.