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79% de psicólogos brasileiros apresentaram sinais de burnout em estudo

    Um estudo entre psicólogos brasileiros revelou que 79% dos psicólogos brasileiros da amostra apresentaram sinais de exaustão emocional. Além disso, 60,2% demonstram despersonalização. Esses são dois fatores centrais do .

    O estudo foi conduzido por Silvia Morais de Santana Ferreira e Victor Zaia, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de do ABC,

    Os dados foram coletados entre março e agosto de 2020.

    Esse foi um período crítico da pandemia de COVID-19.

    Nessa época, as demandas por suporte psicológico estavam elevadas. Além disso, o impacto na saúde mental dos profissionais era intenso.

    Imagem de um psicólogo sofrendo de burnout

    O impacto da pandemia e os desafios do trabalho psicológico

    A pandemia de COVID-19 representou um desafio inédito para a saúde mental da população. Isso levou muitos profissionais da psicologia a um aumento expressivo da carga de .

    O estudo analisou a qualidade de vida no trabalho (WRQoL), burnout e satisfação de vida.

    A foi realizada em uma amostra de 610 psicólogos de diversas regiões do Brasil.

    O período de incerteza intensificou o estresse ocupacional.

    Principais achados do estudo

    Entre os psicólogos participantes:

    • 79% apresentaram níveis moderados a altos de exaustão emocional;
    • 60,2% indicaram níveis elevados de despersonalização;
    • 43% demonstraram altos níveis de realização profissional, sugerindo que, mesmo sob pressão, muitos ainda encontram satisfação no trabalho.
    • 20% relataram insatisfação com a vida, enquanto 76% declararam estar satisfeitos.
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    A pesquisa também revelou que a qualidade de vida no trabalho está diretamente relacionada aos níveis de burnout. Quando a satisfação com o ambiente profissional é menor, os índices de exaustão e despersonalização são maiores.

    Burnout e qualidade de vida no trabalho

    O estudo também validou a versão brasileira da Work-Related Quality of Life Scale (WRQoL). Esse é um instrumento utilizado para medir a qualidade de vida no trabalho.

    A versão traduzida e adaptada demonstrou boa consistência interna. Também apresentou validade psicométrica. Consolida-se como um recurso confiável para futuras pesquisas no Brasil.

    Um dos achados mais significativos foi a forte correlação entre o problema e qualidade de vida no trabalho. Menor satisfação com o ambiente profissional leva a índices mais altos de exaustão e despersonalização.

    Esse fenômeno é consistente com pesquisas prévias, segundo o artigo. Essas pesquisas apontam que a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional contribui diretamente para o desenvolvimento do problema.

    Reflexões sobre a prática profissional

    O estudo levanta questões importantes para a prática psicológica:

    • Como a cultura organizacional dos locais de trabalho dos psicólogos pode influenciar o desenvolvimento do burnout?
    • Quais estratégias podem ser implementadas para mitigar os impactos negativos da carga emocional do trabalho psicológico?
    • Até que ponto a busca por realização profissional pode, paradoxalmente, contribuir para a exaustão?

    O que pode ser feito para prevenir o burnout entre psicólogos?

    Para mitigar os impactos do burnout, algumas medidas podem ser adotadas:

    • Supervisão clínica e suporte institucional: Espaços para troca e discussão entre profissionais podem ajudar a reduzir a sobrecarga emocional.
    • Equilíbrio entre vida pessoal e profissional: Limites saudáveis são essenciais para evitar exaustão.
    • Autocuidado e terapia pessoal: Assim como incentivam seus pacientes, psicólogos também devem priorizar sua saúde mental.
    • Políticas institucionais para melhorar as condições de trabalho: Ambientes que valorizam o bem-estar do profissional têm menos incidência de burnout.
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    Psicólogos também tem burnout? Claro.

    O estudo evidencia que, mesmo sendo profissionais da saúde mental, psicólogos estão altamente vulneráveis ao burnout.

    A pandemia de COVID-19 acentuou essa tendência. Ela trouxe à tona a importância de medidas preventivas.

    Essas medidas garantem que esses profissionais possam continuar oferecendo suporte à população sem comprometer sua própria saúde.

    Referência

    FERREIRA, Silvia Morais de Santana; ZAIA, Victor. Burnout, life satisfaction, and work-related quality of life among psychologists. Frontiers in Psychology, v. 16, 2025.


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