O site do Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou uma nota oficial em apoio à médica e pesquisadora Ligia Bahia.
O motivo?
O Conselho Federal de Medicina (CFM) iniciou um processo contra ela.
A razão foi criticar a postura da entidade durante a pandemia de Covid-19.
- Se quiser ler a nota oficial do CFP, acesse: Nota de apoio do CFP.

O que aconteceu?
- Ligia Bahia é professora da UFRJ. Ela é membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
- Sempre foi uma voz ativa na defesa da saúde pública.
- Durante a pandemia, ela apontou falhas do CFM.
- Entre elas, destacou o desestímulo à vacinação e o apoio ao uso da cloroquina.
- Este medicamento não tem comprovação contra a Covid-19.
- O CFM, por sua vez, entrou com uma ação contra a pesquisadora.
- O processo exige uma indenização, uma retratação pública e a remoção de suas declarações.
A ciência precisa de liberdade
As críticas de Ligia Bahia não são apenas opiniões isoladas.
Elas se baseiam em evidências científicas amplamente reconhecidas e nas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A tentativa de silenciar vozes científicas é um risco para o debate público.
Como avançar na ciência sem espaço para questionamentos?
A cloroquina é eficiente contra a covid?
Não. A cloroquina não é eficiente contra a COVID-19.
Diversos estudos revisaram sua eficácia e concluíram que não há evidências que sustentem seu uso para o tratamento da doença.
Evidências científicas:
- Revisões de literatura:
Estudos clínicos demonstraram que o uso da cloroquina não melhora os casos de COVID-19.
Leia o artigo de Mattos, 2021. - Falta de evidências robustas:
Pesquisas indicam que os estudos iniciais sobre cloroquina e COVID-19 foram pequenos.
Eles foram mal planejados e metodologicamente fracos.
Leia o artigo de Pimentel & Andersson, 2020. - Uso político da cloroquina:
No Brasil, a insistência no uso da cloroquina foi motivada por questões políticas.
As evidências científicas demonstram sua ineficácia. Isso gerou uma falsa sensação de segurança.
Portanto, pode ter prejudicado medidas eficazes como o isolamento social.
Leia o artigo de Caponi et al., 2021.
Conclusão:
A cloroquina não é recomendada para o tratamento da COVID-19, pois não há evidências científicas que comprovem sua eficácia.
Seu uso pode trazer riscos e contribuir para um manejo inadequado da pandemia.
Como alternativa, vacinas e tratamentos baseados em evidências devem ser priorizados.
A vacina é eficiente contra a covid?
Sim, a vacinação contra a COVID-19 é altamente eficiente na redução de casos graves, hospitalizações e mortes.
Evidências científicas:
- Eficácia comprovada das vacinas:
Diferentes vacinas, como CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Moderna, mostraram eficácia significativa na prevenção da COVID-19.
Reduziram drasticamente a morbidade e mortalidade associadas à doença.
Leia o artigo de Cruz et al., 2021. - Redução de casos graves e mortes:
Um estudo nacional no Brasil mostrou que a vacinação foi altamente eficaz.
A vacina preveniu casos graves e mortes.
Houve redução de até 97,9% no risco de morte entre indivíduos vacinados. Leia o artigo de Villela et al., 2021. - Impacto econômico e social positivo:
A vacinação não só protege a população.
Também gera economia significativa para os sistemas de saúde.
Evita hospitalizações e custos com internações Leia o artigo de Taborda et al., 2022. - Evidências de imunidade populacional:
Estudos de vigilância mostraram que a vacinação aumenta significativamente a presença de anticorpos na população.
Ela reduziu a disseminação do vírus e desacelerou novas ondas da pandemia.
Leia o artigo de Frauches et al., 2022. - Redução de hospitalizações e mortes entre idosos:
Em Manaus, o aumento da cobertura vacinal diminuiu internacoes.
Também reduziu significativamente os óbitos entre idosos.
Isso reforça a importância da vacinação em grupos vulneráveis
Leia o artigo de Orellana et al., 2022.
Conclusão:
A vacinação contra a COVID-19 é altamente eficaz e essencial para o controle da pandemia.
Ela reduz drasticamente o número de casos graves, hospitalizações e mortes, além de ajudar a conter a disseminação do vírus.
A imunização em larga escala continua sendo a principal estratégia para evitar novas ondas da doença e proteger populações vulneráveis.
Apoio à pesquisadora Ligia Bahia
O CFP e o Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (FENPB) se posicionaram claramente contra essa tentativa de intimidação.
A nota publicada pelas entidades reforça o compromisso com a ciência e a luta contra discursos negacionistas.
A liberdade de expressão é essencial para a construção de uma sociedade democrática e saudável. O debate fundamentado em evidências científicas também é crucial. Assim destaca o comunicado do CFP.
O que este acontecimento contra Ligia Bahia significa para a ciência e a sociedade?
O caso de Ligia Bahia vai além de uma disputa entre profissionais.
Ele levanta questões importantes sobre a liberdade acadêmica e o direito à crítica baseada em ciência.
Silenciar pesquisadores não é caminho para fortalecer a saúde pública.
Pelo contrário, precisamos de mais debate e transparência para construir políticas eficazes.
Referências
Todas as referências em artigos estão linkadas no próprio texto.
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