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Combate ao assédio no ambiente de trabalho: o papel essencial da psicologia

    No Brasil, o assédio no ambiente de são questões graves. Muitas vezes, são subestimadas ou até mesmo ignoradas. Isso acontece apesar de seus profundos impactos psicológicos e sociais.

    Para enfrentar esse problema, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou recentemente a Nota Técnica nº 14/2025.

    Ela orienta profissionais da Psicologia sobre como atuar na prevenção, identificação, enfrentamento e mitigação desses tipos de .

    assédio no ambiente de trabalho

    O que caracteriza o assédio no trabalho?

    O assédio no ambiente de trabalho, no quesito moral, envolve comportamentos abusivos, repetitivos e intencionais. Esses comportamentos podem ocorrer por meio de insultos, ameaças, humilhações e isolamento deliberado.

    O objetivo claro é prejudicar emocionalmente a vítima e criar um ambiente hostil.

    Já o assédio sexual caracteriza-se por comportamentos de natureza sexual não desejados.

    Esses incluem propostas constrangedoras, comentários invasivos e toques não consentidos.

    Ambos os tipos de assédio têm consequências severas para a saúde mental dos trabalhadores.

    Eles podem gerar quadros de ansiedade, depressão e estresse pós-traumático.

    A atuação da Psicologia no enfrentamento ao assédio

    A Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT) é fundamental nesse cenário.

    Segundo a Nota Técnica nº 14/2025 e a Resolução CFP nº 14/2023, psicólogas e psicólogos têm uma responsabilidade técnica. Eles também possuem uma responsabilidade ética. Devem promover ambientes laborais psicologicamente saudáveis e seguros.

    Entre as principais ações recomendadas estão:

    • organizacional: identificar condições e práticas que favorecem o assédio, como estruturas de poder desbalanceadas e culturas permissivas.
    • Mapeamento de riscos psicossociais: utilizando métodos científicos para detectar fatores que possam levar ao adoecimento mental e situações de assédio.
    • Elaboração de políticas internas: criação de códigos de conduta claros e protocolos seguros para denúncia e apuração.
    • Treinamento e sensibilização: capacitação regular das equipes e lideranças sobre reconhecimento e prevenção do assédio.
    • e suporte às vítimas: acolhimento qualificado e acompanhamento psicológico contínuo.
    • Promoção de uma cultura organizacional ética: iniciativas para transformar a cultura institucional em um espaço mais justo e equitativo.
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    A atuação da Psicologia nessa área é respaldada por um sólido arcabouço legal. Esse arcabouço inclui desde a Constituição Federal até normativas específicas do CFP.

    A Resolução CFP nº 14/2023 detalha as diretrizes para a avaliação de riscos psicossociais.

    Ela reforça a necessidade de uma abordagem técnica rigorosa. Esta abordagem deve proteger a integridade emocional dos trabalhadores.

    O papel ético-político dos psicólogos

    O Código de Profissional do Psicólogo (CEPP) destaca a obrigação ética de psicólogas e psicólogos.

    Eles devem combater práticas discriminatórias e opressivas. Isso significa não apenas apoiar as vítimas.

    Também implica atuar de forma preventiva. É importante promover uma cultura de respeito e igualdade dentro das organizações.

    Desafios e compromissos futuros

    O assédio no trabalho não é apenas uma questão individual. Ele reflete uma problemática estrutural mais ampla.

    Esta problemática está ligada a relações de poder e desigualdades sociais profundas. Portanto, o compromisso da Psicologia deve ir além da intervenção pontual, buscando mudanças institucionais e culturais significativas.

    A Nota Técnica reforça que os profissionais da Psicologia devem ter um papel ativo. Eles devem ajudar na construção de contextos laborais seguros e saudáveis.

    Ele enfatiza que o silêncio ou a neutralidade diante do assédio é inaceitável. Essa postura equivale à cumplicidade com a violência.

    Atuação consciente no combate ao assédio no ambiente de trabalho

    Enfrentar o assédio moral e sexual exige uma atuação consciente, crítica e proativa de toda a categoria profissional.

    Ao orientar claramente o papel de psicólogas e psicólogos nesse combate, o CFP fortalece o campo profissional.

    Além disso, contribui diretamente para ambientes de trabalho mais dignos e respeitosos. Esses ambientes são fundamentais para o bem-estar individual e coletivo.

    Referências


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